Para Curar! Amado corpo, o que você quer de mim?
Texto de: Arlene B. C de Amorim | Psicóloga analista bioenergética, membro do Instituto Internacional de Análises Bioenergéticas de Nova Iorque.
Para curar, é necessário recuperar a ordem: eu pertenço ao meu corpo, eu sou dele. O que verdadeiramente cura, não tem receita. O que é paliativo tem nome, tem fórmula, mas o que verdadeiramente cura, e é completo, não tem palavras. Quando estamos olhando para um sintoma, estamos cegos, surdos e insensíveis. A dor é o que chama para a vida. O corpo tão sábio vai mostrar e nos sacudir com a dor; e a dor é a voz do sintoma. Devemos nos alegrar com a dor, pois é a voz do espírito.
Uma dor crônica significa que estamos surdos há muito tempo… é uma dinâmica antiga que não é ouvida. O corpo fala e não é ouvido. Quem ouve? O ‘eu’ não consegue ouvir o corpo, pois está dominado pelo ‘ego’ ou seja: julgamentos, medos, expectativas, ambições, arrogância. Um sintoma é uma mensagem e pede a condição de humildade, pois para curar-se é necessário torna-se pequeno diante de tudo. A Quando uma pessoa se cura, ela se torna outra pessoa porque algo aconteceu. Está de novo de posse do seu copo, mais saudável, com respiração aprofundada e brilho nos olhos… Seu corpo reagiu, se auto-regulou.
Para irmos ao encontro do caminho da cura, passamos por diversas camadas. Primeiro, consciência dos sintomas ou realidade. Perder o medo e a culpa, aceitação dos próprios sentimentos. Compreender que curar-se é uma jornada de inclusão e reconciliação. Auto expressão, não rebeldia, nem submissão.
Devemos ir ao encontro de nossos sentimentos positivos e nos afastarmos de toda negatividade. Isso nos fará ir ao encontro do nosso nível mais profundo… Nossa alma, até nosso self, onde se encontra nossa essência! Ela é o objetivo da nossa cura. Ela é nossa centelha divina, nosso Deus interior/ puro amor.
Com o tempo, a mente decide olhar para dentro e, quando o faz, a busca se transforma numa busca do self essencial: “Eu sou”. Existe uma verdade sobre você mesmo em todos os níveis da sua consciência, mas, depois de retirar todas as camadas, eis a verdade mais básica de todas: você é amor, você é compaixão, você é beleza. Você é existência e ser. Você é consciência e espírito. Vamos usar esta técnica, que é extremamente poderosa, para lembrar a si próprio sobre a sua natureza e lembrar a você do seu objetivo, que é crescer até o ponto onde; “Eu sou o AMOR”. Para mergulhar mais fundo em si mesmo e, se possível, chegar ao lugar onde você é amor, compaixão, confiança e verdade, devemos viver o presente, o ‘aqui e agora’. Uma vez que você está no presente, poderá então seguir a pista de suas emoções até sua origem, que não é a dor, e sim o amor, a compaixão, a verdade… O verdadeiro você!
(texto publicado na revista Bem Estar – edição 96 / junho 2016)
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