Osteoporose – uma epidemia silenciosa!
A osteoporose é uma doença do tecido ósseo, caracterizada por perda gradual de massa, enfraquecendo os ossos por deterioração da microarquitetura tecidual devido à perda progressiva de elasticidade e homogeneidade, tendo como consequência a diminuição da quantidade óssea, tornando-os frágeis e suscetíveis às fraturas.
O osso, além de promover sustentação ao nosso organismo, é a fonte de cálcio, necessária para a execução de diversas funções como os batimentos cardíacos e a força muscular. É uma estrutura viva que está sendo sempre renovada. Essa remodelação acontece diariamente em todo o esqueleto, durante a vida inteira.
Estima-se que:
- Todo ano cerca de 2,4 milhões de fraturas acontecem devido à osteoporose;
- Desses, cerca de 200 mil pacientes acabam falecendo por complicações da fratura;
- 9 em cada 10 mulheres não ingere o cálcio necessário para manter a saúde óssea;
- Cerca de 10 milhões de brasileiros tem osteoporose. 75% dos diagnósticos são feitos após a primeira fratura
Acumular cálcio nos ossos é uma das formas de prevenção da osteoporose. Se desde a infância, a criança tiver uma alimentação rica desse mineral será um passo importante para evitar problemas no futuro. Porém há algum tempo, especialistas vêm observando uma mudança perigosa na alimentação da população, substituindo o leite e seus derivados têm sido por refrigerantes e sucos industrializados.
A ingestão ideal varia com a faixa etária. Na infância e na vida adulta tardia – ou seja mulheres na pós-menopausa ou idosos – deve ser em torno de 1200-1500mg de cálcio ao dia. Isso corresponde a 1 copo de leite = 250mg de cálcio, 1 copo de iogurte = 300mg e 1 fatia de queijo = 300mg.
Além do consumo de alimentos ricos em cálcio é preciso manter uma rotina diária que inclui atividade física e exposição ao sol, para manter os níveis adequados de vitamina D no sangue, pois quando se encontram baixos passam a representar um risco para fraturas, independente da osteoporose, pois afeta diretamente a mineralização óssea, a força muscular e o equilíbrio.
Os trabalhos mostram que a força do músculo sobre o osso causa microtraumas. É como se ao fazer uma atividade de impacto ocorressem microfraturas no esqueleto. O exercício faz pressão sobre uma célula chamada osteócito, que vai ativar as atividades de remodelação. O exercício de impacto estimula esse processo. Se o indivíduo não faz atividade na infância ou adolescência também não formará um bom pico de massa óssea, porque não estimula essa atividade no organismo.
Na fase adulta, as atividades físicas regulares funcionam como prevenção de perda. Quem é sedentário perde mais massa óssea.
O diagnóstico precoce inclui o exame de Densitometria Óssea, e a atenção deve redobrada a partir de 65 anos de idade, no período da menopausa ou se houver qualquer fator de risco (baixa ingestão de cálcio, história familiar, problema hormonal, baixo peso, doenças reumatologicas, renais, uso de medicações que afetem o osso como corticóides ou anticonvulsivantes, entre outros).
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